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Conto #68 - Malvern Hills (Kazuo Ishiguro, Inglaterra, 2009)

Quando você chega no terceiro conto da antologia "Noturno" certamente já se acostumou com o estilo superfícial e simples do autor. E partindo do príncipio que esta característica não vai lhe incomodar mais, é até possível aproveitar a fluidez com que os contos longos podem ser lidos. Mas existe uma certa contradição quando comparamos a inspiração assumida dos textos, o jazz; e o estilo do autor. Enquanto o ritmo musical é conhecido por sua complexidade e imprevisibilidade, o texto é raso na forma e no conteúdo.    (Onde ler: Noturnos - Histórias de música e anoitecer , Kazuo Ishiguro, Editora Companhia das Letras, 2009)
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Conto #67 - OK, você venceu (Ana Maria Machado, Brasil, 2012)

Há uma ousadia e inovação (para mim pelo menos) no discurso quase imperativo - sinceramente não sei o nome desta artimanha. É como um diálogo no qual a trama é narrada de um modo que "você" é o protagonista. Ainda que digam que são indissociáveis, aqui a forma se sobressai sobre o conteúdo.  (Onde ler: Contos , Ana Maria Machado, Objetivo, 2012)

Conto #66 - O mistério da árvore (Raul Brandão, Portugal, 1926)

Uma bela variação de conto de fadas realizado em uma linguagem extremamente poética e visual. Leitura surpreendente e deliciosa. (Onde ler: O Mistério da Árvore , Raul Brandão, Editora Escala Educacional, 2009)

Conts #65 - Estão apenas ensaiando (Bernardo de Carvalho, Brasil, 1993)

Pra variar, um conto nacional triste. Há uma subcamada metalinguistíca no texto, onde em um ensaio teatral se discute se a emoção do ator é ou não verdadeira. (Onde ler: Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século , Bernardo de Carvalho e outros, Editora Objetiva, 2000)

Conto #64 - A noiva da casa azul (Murilo Rubião, Brasil, 1947)

Um dos contos mais legais de Rubião principalmente pela atmosfera onírica no melhor estilo Além da Imaginação . Ah, e sempre me agradam os finais abertos que te obrigam a pensar após de terminar de ler o texto e de uma maneira ou outra, escrever o seu final.  (Onde ler: Murilo Rubião - Obra completa , Murilo Rubião, Editora Companhia das Letras, 2010)

Conto #63 - O país dos cegos (H.G. Wells, Inglaterra, 1904)

Assim como o Ensaio sobre a cegueira de Saramago, o conto de Wells explora o velho ditado que diz em terra de cegos quem tem um olho é rei. Imagine um "oásis" de incrível beleza escondido entre as montanhas dos Andes. Neste local vive um povo onde todos são cegos. É lógico que o texto se desdobra em uma infinidade de matéforas: a primeira é a inabilidade de ver a beleza das coisas. Logo, um explorador perdido acaba encontrando o local e rapidamente vê uma oportunidade de tornar-se rei daquele povo, afinal ele tem uma vantagem: pode enxergar. E existe ainda um certo twist em relação ao suposto vilão. (Onde ler: O País Dos Cegos e Outras Histórias , H.G. Wells, Editora  Alfaguara , 2013)

Conto #62 - Chova ou faça sol (Kazuo Ishiguro, Inglaterra, 2009)

Uma leitura fluída e agradável, talvez agradável demais. A trama é melancólica e faz lembrar aquelas novelas da Globo quais nada acontece e toca bossa nova o tempo todo, só que aqui, toca Chet Baker. Sabe, não é ruim, mas também não é bom. (Onde ler: Noturnos - Histórias de música e anoitecer , Kazuo Ishiguro, Editora Companhia das Letras, 2009)