Há uma ousadia e inovação (para mim pelo menos) no discurso quase imperativo - sinceramente não sei o nome desta artimanha. É como um diálogo no qual a trama é narrada de um modo que "você" é o protagonista. Ainda que digam que são indissociáveis, aqui a forma se sobressai sobre o conteúdo.
(Onde ler: Contos, Ana Maria Machado, Objetivo, 2012)
A narrativa sútil de Marquez parece subverter o estranhamento do fantástico, mas será mesmo? Ou será apenas mais uma ferramenta? Enfim, num conto de pouquíssimas páginas, o autor desconstrói o fantástico numa trama simples, que lembra um relato de viagem, e na própria descrição do antigo castelo (supostamente mal assombrado), cuja a arquitetura antiga foi toda modificada. Mas lá no fundo, num quarto escuro, nada foi mexido. (Onde ler: Doze Contos Peregrinos , Gabriel García Márquez, Editora Record, 2008)
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