Pular para o conteúdo principal

Conto #1 - Dagon (H. P. Lovecraft, EUA, 1919)

Tenho um pouco de Lovecraft em mim. Além do Cthulhu que envolve meu braço direito, o gosto pelo estranhamento do fantástico que vem desde os quadrinhos da infância, das páginas infinitas dos Stephen Kings devorados na adolescência e do direcionamento nos estudos desenvolvidos nas conclusões da faculdade e pós... tudo sempre generosamente alimentado pelo fantástico. Nada mais justo ressuscitar este blog com a sensação (a melhor descrição para os pequenos textos que penso publicar diariamente) a respeito de  um conto do embriagado e cósmico de HP Lovecraft: Dagon; publicado inicialmente em 1919. No conto, o amálgama do método descritivo adjetivado somado ao sujeito em primeira pessoa cativa com facilidade: meus sentidos são transportados para a vastidão solitária  do oceano que por sua vez transforma-se em um lamaçal negro e pútrido de onde surgem criaturas anciãs e indescritíveis. Não há como sobreviver ...
(Onde ler: H.P. Lovecraft: Medo Clássico Vol. 1, H. P. Lovecraft, Editora DarkSide, 2017)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conto #7 - Assombrações de Agosto (Gabriel García Márquez, Colômbia, 1980)

A narrativa sútil de Marquez parece subverter o estranhamento do fantástico, mas será mesmo? Ou será apenas mais uma ferramenta? Enfim, num conto de pouquíssimas páginas, o autor desconstrói o fantástico numa trama simples, que lembra um relato de viagem, e na própria descrição do antigo castelo (supostamente mal assombrado), cuja a arquitetura antiga foi toda modificada. Mas lá no fundo, num quarto escuro, nada foi mexido. (Onde ler:  Doze Contos Peregrinos , Gabriel García Márquez, Editora Record, 2008)

Conto #4 - A ilha ao meio-dia (Julio Cortázar, Argentina, 1966)

Aqui, a força motriz do estranhamento de Cortázar não subutiliza o rompimento da ordem natural, ou seja, não há criaturas mágicas, desordem fantasiosa ou mundos imaginários. O realismo fantástico está na obsessão aparentemente sem motivo do personagem por uma pequena ilha grega cuja forma lembra uma tartaruga. Mas o desfecho, embora ainda mantenha a verosimilhança, sugere que talvez nossas vidas não sejam simplesmente regidas pelo "acaso". A sensação após a leitura do conto é de uma obra cuja narrativa é completa, sem arestas, sem irregularidades, (Onde ler:  Todos os fogos o fogo . Julio Cortázar, Editora Cavalo de Ferro, 2015).   

Conto #29 - A força humana (Rubem Fonseca, Brasil, 1965)

Mais uma vez o autor trabalha o homem em busca de seu lugar no mundo contemporâneo tendo como cenário a cidade grande. A força humana do conto não é somente metafórica, é a força física, a beleza do corpo...  (Onde ler: A coleira do cão , Rubem Fonseca, Editora Nova Fronteira, 2014)