Um conto de Borges é sempre desafiador: uma passagem para um labirinto perfeito de palavras com saídas para lugares distintos, um quebra cabeças com peças que propositalmente se ausentam aqui e ali. A sensação que tenho após percorrer As Ruínas Circulares é de contentamento. O texto que narra a desventura de um homem que concebe outro homem como se um deus fosse, me encoraja à uma interpretação alegórica à criação literária. Será esta compreensão uma saída para o labirinto engenhoso do autor ou apenas uma armadilha textual?
(Onde ler: Ficções, Jorge Luis Borges, Editora Companhia das Letras, 2007)
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