Neste conto-confissão de Poe, a aproximação do leitor é feita através da interlocução "direta" na qual o narrador refere-se explicitamente aos leitores várias vezes, inclusive insistindo que não é louco - apesar de planejar matar alguém por causa do olho. Sim, o olho da vítima (um velho) era demoníaco, azul-pálido, parecido com o de um abutre por causa de uma catarata. Mas após cometer o crime perfeito, segundo o narrador, o coração da vítima continua a bater, apesar do cadáver cortado em pedaços.
(Onde ler: O escaravelho de ouro e outras histórias, Edgar Allan Poe, Editora L&PM, 2010)
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