O insólito, o maravilhoso como deslocamento da realidade e o desdobramento em metáforas em um conto onde o algoz narra a perseguição e o assassinato de sua vítima. O estranhamento não está no crime, mas na libertação do personagem morto, que do seu interior escorre a lua. Um texto curto, mas poético e belo nas imagems criadas.
(Onde ler: Murilo Rubião - Obra completa, Murilo Rubião, Editora Companhia das Letras, 2010)
A narrativa sútil de Marquez parece subverter o estranhamento do fantástico, mas será mesmo? Ou será apenas mais uma ferramenta? Enfim, num conto de pouquíssimas páginas, o autor desconstrói o fantástico numa trama simples, que lembra um relato de viagem, e na própria descrição do antigo castelo (supostamente mal assombrado), cuja a arquitetura antiga foi toda modificada. Mas lá no fundo, num quarto escuro, nada foi mexido. (Onde ler: Doze Contos Peregrinos , Gabriel García Márquez, Editora Record, 2008)
Comentários