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Conto #46 - Feliz Aniversário (Clarice Lispector, Brasil, 1960)

Não se discute que Clarice seja genial, mas sua obra é, na maioria, algo que podemos chamar de depressivo, pessimista. É o caso deste conto, que trata dos sentimentos de uma amargurada senhora que faz 89 anos. A discussão é válida: o envelhecimento, os relacionamentos familiares, a (in)felicidade... E a construção de personagens profundos e sofridos é uma das marcas da autora.
(Onde ler: Laços de Família, Clarice Lispector, Editora Rocco, 2000)

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Conto #7 - Assombrações de Agosto (Gabriel García Márquez, Colômbia, 1980)

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Conto #4 - A ilha ao meio-dia (Julio Cortázar, Argentina, 1966)

Aqui, a força motriz do estranhamento de Cortázar não subutiliza o rompimento da ordem natural, ou seja, não há criaturas mágicas, desordem fantasiosa ou mundos imaginários. O realismo fantástico está na obsessão aparentemente sem motivo do personagem por uma pequena ilha grega cuja forma lembra uma tartaruga. Mas o desfecho, embora ainda mantenha a verosimilhança, sugere que talvez nossas vidas não sejam simplesmente regidas pelo "acaso". A sensação após a leitura do conto é de uma obra cuja narrativa é completa, sem arestas, sem irregularidades, (Onde ler:  Todos os fogos o fogo . Julio Cortázar, Editora Cavalo de Ferro, 2015).   

Conto #64 - A noiva da casa azul (Murilo Rubião, Brasil, 1947)

Um dos contos mais legais de Rubião principalmente pela atmosfera onírica no melhor estilo Além da Imaginação . Ah, e sempre me agradam os finais abertos que te obrigam a pensar após de terminar de ler o texto e de uma maneira ou outra, escrever o seu final.  (Onde ler: Murilo Rubião - Obra completa , Murilo Rubião, Editora Companhia das Letras, 2010)