Curioso que para uma autora cuja marca são personagens sofridos e enredos um tanto pessimistas, o seu conto mais famoso tenha um final brilhante e extremamente feliz. Não que a personagem do conto não sofra, mas é do sofrimento que se extraí a felicidade.
(Onde ler: Felicidade Clandestina, Clarice Lispector, Editora Rocco, 1998)
A narrativa sútil de Marquez parece subverter o estranhamento do fantástico, mas será mesmo? Ou será apenas mais uma ferramenta? Enfim, num conto de pouquíssimas páginas, o autor desconstrói o fantástico numa trama simples, que lembra um relato de viagem, e na própria descrição do antigo castelo (supostamente mal assombrado), cuja a arquitetura antiga foi toda modificada. Mas lá no fundo, num quarto escuro, nada foi mexido. (Onde ler: Doze Contos Peregrinos , Gabriel García Márquez, Editora Record, 2008)
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