O fantástico sufocante é usado pelo autor para criticar a situação dos brasileiros durante a ditadura militar (época em que o conto foi escrito). Arames nescem no quintal do protagonista, como se fossem plantas. Eles nascem sem parar, incessantemente. Um conto clautrofóbico e político - num estilo pelo qual o autor ficou conhecido, uma variante do realismo fantástico.
(Onde ler: Contos Brasileiros Contemporâneos, Dalton Trevisan e outros, Editora Salamandra, 2005)
A narrativa sútil de Marquez parece subverter o estranhamento do fantástico, mas será mesmo? Ou será apenas mais uma ferramenta? Enfim, num conto de pouquíssimas páginas, o autor desconstrói o fantástico numa trama simples, que lembra um relato de viagem, e na própria descrição do antigo castelo (supostamente mal assombrado), cuja a arquitetura antiga foi toda modificada. Mas lá no fundo, num quarto escuro, nada foi mexido. (Onde ler: Doze Contos Peregrinos , Gabriel García Márquez, Editora Record, 2008)
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